AMAR PARA NÃO ADOECER

53708755_1282285101925044_181403836441690112_nÉ PRECISO AMAR PARA NÃO ADOECER.

Quando um indivíduo tem dificuldades para estabelecer vínculos de amor com os outros ele se torna vulnerável emocional e mentalmente. Ficar imerso em si mesmo de maneira obsessiva, com dificuldade em comunicar aos outros o que sente ou pensa, aponta para um mal estar. É um inquietante sinal de que o sujeito adoeceu.
É comum passarmos por fases em que nos tornamos relutantes ao contato com os outros, ou fases em que necessitamos estar a sós com nós mesmos. Mas quando isso se converte em padrão a luz amarela acende. É como estar preso à sua própria imagem, incapaz das trocas afetivas que dão sentido às nossas ações sociais.
Esta incapacidade de se relacionar apresenta-se como sintoma que, como a psicanálise entende, substitui a palavra. A violência, mecanismo da pulsão de morte, é uma das formas de expressão desse sintoma. E, conforme diz Lacan, “as pulsões são, no corpo, o eco do fato de que há um dizer”.
Há uma crise de escuta em nossa sociedade. E se não há escuta, não há fala. E se não há fala, há sintoma. Há mal estar.
A saída? O amor. Não por acaso Freud trata a psicanálise como “a cura pelo amor”. Pois ela possibilita ao indivíduo, por meio da transferência, extrair aquilo que se coloca como bloqueio à fala, fazendo com que o sintoma perca seu sentido.

Alessandro Poveda
Psicanalista SAC
(11) 94945-8735
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